6.1.11

FESTA DE SÃO SILVESTRE

No 1º de Janeiro como é de tradição realizou-se no Zambujal de Alcaria a festa em honra de São Silvestre.



Limpa-se e enfeita-se o Nicho de Sta. Susana.


Trata-se de arranjar a madeira para
a fogueira que vai arder toda a noite,

no largo da capela.


As imagens de Santa Susana e de São Silvestre
já se encontram nos seus andores

primorosamente enfeitados com lindas flores.

Santa Susana leva no seu andor, a seu pés,
várias figuras de animais (Protectora dos animais).




E sai a procissão percorrendo as ruas do Zambujal.




Depois desta, é o momento de se comprarem os famosos colares de pinhões, que antigamente eram oferecidos ás crianças pelos pais e padrinhos.

Esta festa era também conhecida pela Feira dos Pinhões

E comendo os pinhões vai-se convivendo.

Era também neste dia e durante a procissão, que se procedia á bênção do gado, publicada em 24.10.2010.
A procissão dava 3 voltas á capela, com oração em frente da porta principal, depois junto ao Nicho de Santa Susana todos alinhados circundando a estrada e voltados para Ela, então o Sr. Padre benzia todos os animais (vacas, bois, burros, ovelhas) alguns iam engalanados e com as melhores "açogas", assim os animais ficavam protegidos de todos os males durante o ano.


NOTA - Á data de 1758, de acordo com a as Memórias Paroquiais a capela, agora , de São Silvestre era de Santo António.

12 comentários:

Alda disse...

Sempre me lembro desta festa. Iniciar o ano em festa.
As peripécias que já passei nesta capela, quase davam um livro.
Agora nos tempo modernos as noras também oferecem pinhões à sogras e elas dizem que são os melhores pinhões que há estes de São Silvestre.

Benvinda disse...

Olá Alda!
Mas que surpresa,essa das noras oferecerem os pinhõs às sogras!!!
Foi completa novidade para mim.
Quanto às peripécias na capela,aqui estamos para as "saborearmos"... é só começares a escrever!
Tudo de bom para este 2011.
Benvinda

Mara disse...

Eu nunca ofereci á minha sogra :), e desconhecia este antigo costume.

Joaquim disse...

Daqui de tao longe e bom relembrar os anos da minha infancia em que, para nos criancas, a expectativa, acerca da festa de S.Silvestre, se relacionava com as fiadas de pinhoes que esperavamos vir a receber e que depois, orgulhosos, exibiamos como colares a volta do pescoco.
Tambem gostava de ver a "procissao" com os animais em que cada um, dentro das suas possibilidades,procurava "decorar"o seu animal.

Optima reportagem Nita!

Alda ca ficamos a espera dessas historias "ao redor" da capela!

PS: Desculpem pela falta de sinais ortograficos mas, nesta fase de mudanca, nao tenho acesso ao computador que, habitualmente, uso.

Alda disse...

Olá,
Eu não sei se o costume de oferecer os pinhões às sogras é antigo. Eu desde sempre lhe ofereci pinhões da festa de S. Silvestre.
Mas atenção eu só tenho sogra há menos de dois anos. ainda só lhe ofereci pinhões dois anos ;)

Alda disse...

Hoje venho parilhar uma aventura na capela. Não me lembro há quantos anos isto se passou mas certamente há mais de 20 ou 25.
A minha mãe durante uma novena a S. Silvestre, que se tinha comprometido fazer, todos os dias ia à capela acender a lamparina, ou melhor mudar o pavio e pôr mais azeite para que ela não se apagasse. Então eu ia com ela e aproveitávamos para rezar juntas ali o terço.
Um dia eu olhei para a zona do púlpito local onde antigamente os sacerdores faziam as homilias) e debaixo dele junto da parede estava um banco.
Quando olhei pareceu-me ver uma corda enrolada desde o púlpito até às costas do banco e também estendida no acento do banco.
Pensei que seria uma forma de segurar o banco direito ali e continuei a rezar.
Mas aquilo foi-me intrigando e lá fui olhando (rezei com pouca atenção tá visto). A certa altura apercebi-me que não era uma corda. Era um COBRA. Então saltei do banco onde estava sentada e corri para fora da capela a dizer "santa Maria mãe de Deus, ó mãe está ali uma cobra".
A minha mãe ficou de guarda à cobra que era enorme e bem gordinha e eu fui ver quem nos podia ajudar.
Na altura o meu tio josé estava por ali, mas como já tinha alguma dificuldade de mobilidade não conseguia matá-la. O Sr. Jorge que vivia mesmo ao lado da capela quando a viu, respirou fundo e ficou sem saber o que lhe fazer.
Vinha então ali a passar o José Marques com o burro carregado não me lembro se de mato ou outra coisa. Lá fui eu pedir-lhe e então ele foi à capela e como trazia um pau tipo chicote, deu-lhe com ele e matou-a.
Depois ainda tivemos o trabalho de limpar aquelas cantarias antigas do sangue que se espalhou por todo o lado.
Ainda hoje quando lá entro olho lá para o sitio ver se está lá algum animal devoto.

benvinda januario disse...

Olá Alda!
Mas que bela história!...
Antigamente era muito comum aparecerem cobras por todo o lado...
Também me lembro de algumas peripécias com elas...
O teu relato é tão real que, não sei se, da próxima vez que entre na capela, não vou olhar também para o banco debaixo do púlpito!!!
Até à próxima história!
Benvinda

Alda disse...

Hoje trago uma história mais comovente.
Eu nem sei que idade tinha mas era bem pequena. No dia 1 de Janeiro lá fui eu com a minha mãe à missa na capela. Eu nunca gostei muito de barulho. Nesse ano devia estar mais sensível não sei com quê. Só sei que fiquei à frente ao pé do orgão porque a ninha mãe canta, eu é que nem por isso. Durante a missa eu olhei para a imagem de S. Silvestre e achei que ela estava tão degradada (foi recuperada há bem poucos anos) e isso comoveu-me. Desatei a chorar por isso. A minha mãe apercebeu-se e perguntou-me porque estava eu a chorar. Eu disse-lhe que era porque ali ao pé do orgão estava muito barulho e isso me incomodava (chorar por ver a imagem degradada ninguém ia acreditar!!!).

Joaquim disse...

Alda, esta e bastante comovente!..
e diz-nos que, .....
....a forte imaginacao de uma crianca, a sua capacidade de analize e invulgar sensibilidade,...
sao atributos imprevisiveis e de dificl entendimento para os adultos.

Gostei muito das duas historias,... qual delas a mais interessante,...e ca ficamos esperando outras mais.

Alda disse...

Estou a lembrar-me de mais uma peripécia. Também não me lembro em que ano foi, mas a juiza da festa era a minha irmã. Na altura ela estava a estudar em Vila Real e tinha exames por esses dias. Então não conseguia vir com algum tempo para ajudar na preparação da festa. Nessa altura para ir e vir à terra demorava de autocarro 8 Horas (4 para cada lado).
Então quem estava mais perto é que foi dando o litro. Nesse ano eu, e as minha primas (em primeiro e segundo grau - mãe e filha que tanto uma como outra não consta que lhe morra trabalho nas mãos) fomos limpar a capela. Isto foi antes de ser arranjado o telhado e por isso as paredes estavam negras de bolor. Empoleirada em cima de uma escada dupla (não sei se se chama assim) de balde com lexivia e vassoura em punho toca a lavar as paredes. A certa altura acho que não pus a escada lá muito bem apoiada e aí vai ela a voar para o chão e eu em cima. Voei também. Mas aterrei bem. Fiquei em pé e a mazela maior foi o susto de quem sabe voar mas tem dificuldade nas aterragens que é o meu caso.

Eva disse...

Alda gostei das tuas peripeçias passadas na capela. Mas a de as noras darem os pinhões às sogras é que eu não sabia,tenho sogra á 30 anos nunca lhe os dei. Beijinhos Alda.
Continua que tens coisas muito engraçadas para dizer!

Almerinda disse...

ALda sou muito mais velha do que tu ,e essas coisas é que eu não sabia nem sequer tinha ouvido falar .Descobre mais coisas, que nós vamos aprendendo, e gostar de as ouvir. Um abraço .