-Façam as pazes com o quadro,
não era ele que vos castigava, que
vos batia ou vos dizia
palavras inadequadas.
X+X+X+X+X+X+X+
Há quem não goste de mim
Porque sou escuro, sou feio
Mas eu não me vou zangar
Só sendo eu desta cor
O giz em mim vai brilhar
Escrito em mim
P'las suas mãos pequeninas
E com giz de várias cores
Aprendem a desenhar
Primeiro as pequenas vogais
Depois as consoantes, já maiores
Como por magia vão juntar-se
E nascem as palavras
Que contam imensas histórias
Coisas de fazer pasmar
Ensinam lindos poemas
E cantigas de embalar
Os números tornam-se contas
Difíceis, de multiplicar
As letras textos sem fim
Fazem livros de encantar
Os riscos, belos desenhos
Quadros cheios de vida e cor
Foi difícil para alguns
Que chegaram a chorar
Mas tudo terminou bem
E o meu coração de ardósia
Fica numa excitação
Pois ajudados por mim
As minhas lindas crianças
Aprenderam a lição
8.10.10
O Quadro
Publicada por Mara à(s) 13:04
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2 comentários:
Belo poema, Mara!
Tens razão quando pedes para se fazerem as "pazes" com o Quadro.
Realmente, as situações caricatas,
que a maioria de nós passou junto dele, nada têm a ver e, sem o que nele aprendemos, não estaríamos hoje, escrevendo, lendo e comentando....porque...
Para nossa educação
Naquela ardósia escreviamos
Com muita atenção
Aquilo que aprendiamos....
Viva o velho Quadro!
Sem ele teria sido pior, obrigada.
Mara
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