A benção do gado realizava-se no Zambujal, no início de Janeiro, perto da Capela. Ao fundo vê-se o moinho e o cruzeiro do lado esquerdo.
Nesta foto, com uma perspectiva mais
ampla do largo, pode ver-se também a
Capela de São Silvestre do lado direito.
As fotos serão aprox. do ano de 1950.
13
comentários:
Joaquim
disse...
Obrigado Mara por estas extraordinárias fotos que me trazem à memória dias felizes da minha infância. Era o sacrosanto dia da "Benção do Gado", dia da Festa de S.Silvestre mas acima de tudo, para nós crianças,o dia da "Feira dos Pinhões" pelo qual aguardavamos, ansiosos, todo o ano. Era o dia em que pais e padrinhos, consoante as suas posses, nos presenteavam com fiadas de pinhões que, orgulhosos, exibiamos penduradas ao pescoço, qual colar de brilhantes raros. Quem,ainda,se lembra e pode ajudar-me na narrativa desse Dia?
Jose monteiro diz: -Obrigado Mara por estas fotos dos tempos de nossa infancia.Tempos dificeis-monetariamente mas tao ricos humanamente.Estou no entanto Feliz dos tempos actuais com estas Tecnologias-nunca pensei da luz da candeia, ter internet.Bravo ao pas- sado e ao Presente...
Bem nestas sempre consigo reconhecer algumas coisas importantes. A capela claro está. A casa da tia Leocádia (sim, ainda me lembro desta casinha aqui). O moinho do meu avô (desse não me lembro e por acaso tinha ideia que ele ficava mais para o lado esquerdo - obrigada por me fazer pôr o moinho no sítio certo) e a outra casa é a da Maria Emília (acho que já era dos pais dela). Há tradições que se vão esbatendo e perdendo ao longo dos anos. No entanto algumas ainda se conservam: Festa de S. Silvestre no primeiro dia do ano com procissão se o tempo deixar; Pinhões e a fogueira para manter o ambiente mais quente (o que importa mesmo é o calor humano).
Eu sabia que tu ias gostar, são um espectáculo estas fots, eu ainda me recordo do Zambujal assim. A minha avósempre me comprava uns colares de pinhões, que eu vaidosamente colocava ao pescoço e ia comendo. E quando eu não estava lá nessa data ela envávamos. Que saudades.....
Realmente a tradição já não é bem o que era... Ainda assim, não foi há muitos anos que se compravam os tais fios de pinhões que "roíamos" à volta da linha que os ligava. Os meus filhos recebiam-nos, na década de 80, oferecidos pela Tia Laura... Quanto à Bênção do gado, recordo-me muito bem das três voltas à capela, com a oração em frente à porta principal e, depois junto ao nicho de Santa Susana, todos alinhados circundando a estrada e voltados para Ela...aí o Sr. Padre benzia todos os animais, aspergindo-os com àgua benta(vacas, bois, burros e até as ovelhas da minha avó...) Ficavam assim "livres" de todos os males durante o resto do ano. Era ainda costume, engalanar estes animais, com as melhores "açogas", arreios e chocalhos ou campaínhas...enfim,outros tempos!... Fiquem bem!
Já não acrescento mais nada à descrição da Benvinda. Este fim de semana perguntei aos meus pais como era e obviamente confere com a descrição da Benvinda.
Realmente quando em criança ouvia falar do moinho do meu avô e do sitio onde era suposto ter estado, nunca me passou pela cabeça poder um dia vê-lo passado tantos anos, sentado em frente a um computador. Durante a minha vida só tinha visto este moinho numa pintura em prato que existe em Alcaria na posse do Sr. Fernando da "ti Gracinda Germano". Por falar nele, informo que este Sr. tem em sua posse algumas pinturas, em prato e em aguarelas, alguns retratos da Alcaria antiga, como o antigo chafariz em frente á taberna do Fernando Martins, do penhasco que existia nas Covas de S. Pedro e que foi destruído para ali se abrir uma pedreira " as pessoas mais velhas que eu e especialmente do Zambujal devem-se lembrar; bem como outros temas de interesse. Julgo que ele não tem problemas em mostrar em quem estiver interessado. Um abraço
Olá Pedro,sejas bem aparecido! Gostei da" Ave Rara"...tudo o que é raro é mais valioso,não te esqueças!... Mas foi óptimo teres-te identificado. Quanto ao espólio do sr Fernando,acho uma bela ideia. Já está em lista de espera para aparecer... Tchau, até breve... Benvinda
Seria possivel neste bloge inserir um Museu dos artigos do passado re- cente da nossa Alcaria.Isto de artigos caseiros,ex. uma candeia,uma trempe,etc.Na agricul-tura uma charrua,etc.Isto com foto e discricao dos artigos. Agradecido Jose Monteiro
13 comentários:
Obrigado Mara por estas extraordinárias fotos que me trazem
à memória dias felizes da minha infância.
Era o sacrosanto dia da "Benção do
Gado", dia da Festa de S.Silvestre mas acima de tudo, para nós crianças,o dia da "Feira dos Pinhões" pelo qual aguardavamos, ansiosos, todo o ano.
Era o dia em que pais e padrinhos, consoante as suas posses, nos presenteavam com fiadas de pinhões
que, orgulhosos, exibiamos penduradas ao pescoço, qual colar de brilhantes raros.
Quem,ainda,se lembra e pode ajudar-me na narrativa desse Dia?
Jose monteiro diz:
-Obrigado Mara por estas fotos
dos tempos de nossa infancia.Tempos dificeis-monetariamente mas tao ricos humanamente.Estou no entanto
Feliz dos tempos actuais com estas Tecnologias-nunca pensei da luz da
candeia, ter internet.Bravo ao pas-
sado e ao Presente...
Bem nestas sempre consigo reconhecer algumas coisas importantes. A capela claro está.
A casa da tia Leocádia (sim, ainda me lembro desta casinha aqui). O moinho do meu avô (desse não me lembro e por acaso tinha ideia que ele ficava mais para o lado esquerdo - obrigada por me fazer pôr o moinho no sítio certo) e a outra casa é a da Maria Emília (acho que já era dos pais dela).
Há tradições que se vão esbatendo e perdendo ao longo dos anos. No entanto algumas ainda se conservam: Festa de S. Silvestre no primeiro dia do ano com procissão se o tempo deixar; Pinhões e a fogueira para manter o ambiente mais quente (o que importa mesmo é o calor humano).
Alda
Eu sabia que tu ias gostar, são um espectáculo estas fots, eu ainda me recordo do Zambujal assim. A minha avósempre me comprava uns colares de pinhões, que eu vaidosamente colocava ao pescoço e ia comendo. E quando eu não estava lá nessa data ela envávamos. Que saudades.....
Bjs
Alda
Faltam por aí uma letras, mas acho que se entende....:)
Mara
José Monteiro
Possivelmente não o conheço, pertence á família do Sr. Monteiro
(dentista)? Esse eu conheci, assim como a esposa e filhas.
Obrigada por comentar, apareça sempre.
Mara
Realmente a tradição já não é bem o que era...
Ainda assim, não foi há muitos anos que se compravam os tais fios de pinhões que "roíamos" à volta da linha que os ligava.
Os meus filhos recebiam-nos, na década de 80, oferecidos pela Tia Laura...
Quanto à Bênção do gado, recordo-me muito bem das três voltas à capela, com a oração em frente à porta principal e, depois junto ao nicho de Santa Susana, todos alinhados circundando a estrada e voltados para Ela...aí o Sr. Padre benzia todos os animais, aspergindo-os com àgua benta(vacas, bois, burros e até as ovelhas da minha avó...)
Ficavam assim "livres" de todos os males durante o resto do ano.
Era ainda costume, engalanar estes animais, com as melhores "açogas",
arreios e chocalhos ou campaínhas...enfim,outros tempos!...
Fiquem bem!
Excelente narrativa, Benvinda!
Obrigado pela ajuda!
Já não acrescento mais nada à descrição da Benvinda. Este fim de semana perguntei aos meus pais como era e obviamente confere com a descrição da Benvinda.
Realmente quando em criança ouvia falar do moinho do meu avô e do sitio onde era suposto ter estado, nunca me passou pela cabeça poder um dia vê-lo passado tantos anos, sentado em frente a um computador. Durante a minha vida só tinha visto este moinho numa pintura em prato que existe em Alcaria na posse do Sr. Fernando da "ti Gracinda Germano". Por falar nele, informo que este Sr. tem em sua posse algumas pinturas, em prato e em aguarelas, alguns retratos da Alcaria antiga, como o antigo chafariz em frente á taberna do Fernando Martins, do penhasco que existia nas Covas de S. Pedro e que foi destruído para ali se abrir uma pedreira " as pessoas mais velhas que eu e especialmente do Zambujal devem-se lembrar; bem como outros temas de interesse. Julgo que ele não tem problemas em mostrar em quem estiver interessado.
Um abraço
esta ave rara chama-se Pedro Varatojo e resultou de um engano. Coisas de amador
Olá Pedro,sejas bem aparecido!
Gostei da" Ave Rara"...tudo o que é raro é mais valioso,não te esqueças!...
Mas foi óptimo teres-te identificado.
Quanto ao espólio do sr Fernando,acho uma bela ideia.
Já está em lista de espera para aparecer...
Tchau, até breve...
Benvinda
Allo Mara
Bom dia.
Seria possivel neste bloge inserir
um Museu dos artigos do passado re-
cente da nossa Alcaria.Isto de artigos caseiros,ex. uma candeia,uma trempe,etc.Na agricul-tura uma charrua,etc.Isto com foto
e discricao dos artigos.
Agradecido Jose Monteiro
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